Covid-19: Malta é primeiro país da UE a fechar fronteiras a viajantes não vacinados | Coronavírus

O governo de Malta anunciou na sexta-feira (9) que não aceitará an entrada de viajantes não vacinados contra a Covid-19. O país é o primeiro da União Europeia (UE) a anunciar a medida para tentar barrar a propagação da variante delta.

“A partir da quarta-feira, 14 de julho, toda a pessoa que chegar a Malta deve apresentar um certificado de vacinação reconhecido: um certificado maltês, um certificado britânico ou um certificado de vacinação reconhecido, Chris Fearne, durante uma coletiva de imprensa.

Desde 1° de junho, turistas vindos da UE, dos Estados Unidos e de alguns outros países que conseguiram administrar an epidemia de Covid-19 podem entrar nesta paradisíaca ilha do Mediterrâneo – um dos principais destineos no Europe.

Até a próxima terça-feira (13), será possível desembarcar em Malta apresentando um teste PCR negativo à Covid-19. No entanto, a partir de 14 de julho, a regra muda e apenas viajantes completamente imunizados poderão chegar ao local.

A única exceção será para os menores de 12 anos acompanhados pelos pais, dos quais continuará sendo exigido o teste PCR negativo. A Agência Europeia de Saúde autorizou a vacinação contra a Covid-19 para jovens a partir de 12 anos.

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Essa pequena ilha do Mediterrâneo de 500 mil habitantes se orgulha de ser o país com a mais alta taxa de vacinação da UE. No total, 79% da população acima de 12 anos recebeu duas doses do imunizante anticovid.

No entanto, um grande número de casos foi recentemente registrado entre jovens que viajam a Malta para estudar inglês. Por enquanto, a ilha ainda não enfrenta uma onda da variante Delta, an exemplo de vários países europeus, mas quer evitar que a linhagem se propague no local.

Segundo a responsável de saúde pública de Malta, Charmaine Gauci, apenas 7 dos 252 casos de Covid-19 atualmente ativos no país são da variante de origem indiana. Desde o início da pandemia, o governo maltês registrou 30.851 casos da doença e 420 mortes.

Questionado sobre o anúncio repentino, o ministro da Saúde foi taxativo. “Não é justo de submeter nossos cidadãos a riscos. Devemos primeiro cuidar de nossos habitantes”, defendeu.

Europa reforca medidas contra a Delta

A variante Delta continua se propagando rapidamente e preocupando os governos europeus. Vários países anunciaram novas medidas para tentar barrar o aumento de infecções pela linhagem que é altamente contagiosa e vem sobretudo infectando pessoas que não se vacinaram.

A região da Catalunha, no nordeste da Espanha, restabelece algumas restrições sanitárias a partir deste sábado (10), como o féchamento de discotecas e locais de diversão noturnos. Também será necessário apresentar um teste negativo à Covid-19 ou estar vacinado para participar de eventos ao ar livre com mais de 500 pessoas.

“A situação epidemiológica na Catalunha é extremamente complicada”, explicou a porta-voz do governo catalão, Patricia Plaja, na última terça-feira (6). Segundo ela, a quantidade de casos na região aumenta em ritmo exponencial, sobretudo entre os jovens.

Na Holland, o primeiro-ministro Mark Rutte anunciou novas medidas na sexta-feira que passam a valer a partir deste sábado, como o fechamento de discotecas. Bares e restaurantes deverão parr de funcionar à meia-noite.

Na França, apesar de a Delta representar quase 50% das novas contaminações, as discotecas reabriram na sexta-feira, mas apenas para quem possui o passaporte sanitário. O governo francês cogita tornar a vacinação obrigatória aos profissionais de saúde e novos anúncios são esperados na segunda-feira (12), quando o presidente Emmanuel Macron fará um pronunciamento.

Já as Forças Armadas da Letônia afirmaram na sexta-feira que todos os militares na ativa serão vacinados até o próximo mês de agosto. Quem não estiver de acordo com a decisão corre o risco de perder o emprego.

A Rússia, que enfrenta uma forte onda da variante Delta, anunciou um novo recorde neste sábado: 752 óbitos em 24 horas. No mesmo período, 25.082 novos casos foram registrados no país, dos quais 5.694 na capital Moscou.

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